quarta-feira, 20 de junho de 2012

Carta aos gloriosos vassalos.

Carta aos gloriosos Vassalos.

Já vi tanto, e tanto ainda querem que eu veja.
Imaginei um mundo melhor, vejo-o pior.
Imaginei seres conscientes, vejo-os indiferentes.
Imaginei igualdade e dignidade; vejo indiferença.

Da dureza do passado; a violência da indiferença atual.
Da conquista do passado; a entrega do presente.
Da proteção do próximo; ao interesse só seu.
Da hombridade e amor próprio; a brandura indiferente.

Dura a atual realidade existente.
Dos outros se espera. E que outros lutem.
Reverbera-se para outros fazerem.
Desforço pessoal, é humilhante ou amedrontador.

Saudoso sou de ti, vassalo medieval.
Diante de tanto obscurantismo,
Da igreja e da mais pura opressão,
Conquistou peleando a liberdade atual.

Sem você não teríamos o fim da idade média;
Industrialização, liberdades ou até direitos.
Quantos morreram, quantos se desgraçaram
Para hoje termos liberdade e direitos.

Herdeiros somos da tua luta,
Mas não a merecemos.
Os direitos que altivo conquistaste
Covardemente entregamos.

Modernos senhores feudais, regozijem-se,
A espinha está novamente quebrada.
Os que lutam são desprezados.
E os covardes e inaptos, a grande maioria.

Velho estou, não quero mais lutar.
Lutei a vida inteira por direitos de todos,
De regra traído por quem mais defendi.
Miséria! Encontrai-os, esses vassalos modernos.

Tripudiem deles, déspotas de plantão.
Amordaçados os lutadores, jazem suas memórias.
Restando somente os acomodados.
E estes não merecem os direitos, cassem-os.

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