quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

SER DE ESQUERDA


Sempre me deram a pecha de PT, por ter posições esquerdistas.
Afora a simpatia com a sigla e a revolução social e econômica empregada no Brasil pelo governo desta sigla, cabe o esclarecimento de a simpatia à sigla se dever a um princípio básico, eu sou de esquerda.

Mas, Dio Santo, o que é ser de esquerda afinal?

A esta indagação sempre respondo com uma pequena estória, para mim fazendo total sentido. É o seguinte:

1ª – de direita (capitalista)
Sendo eu DONO de uma grande empresa, e sabedor que os administradores de direita são muito mais eficiente na produtividade e ganho de capital, vou querer, para administrar essa minha grande empresa, um administrador de direita, pois ele saberá otimizar o lucro e aproveitar o máximo de rendimento dos funcionários. Ou seja, em que pese essa empresa buscar o máximo de exploração do trabalhador e do capital, eu (o DONO) terei vultosos lucros.
Assim se buscará a concentração de renda e otimização do lucro na mão do dono da empresa.

2ª - de esquerda (socialista)
Sendo eu EMPREGADO de uma grande empresa, e sabedor que os administradores de esquerda primam pela distribuição de renda entre os trabalhadores daquela empresa, mesmo que não sejam muito eficientes na otimização do lucro, irei querer que o administrador da empresa seja de esquerda, pois ele produzirá maior distribuição de renda entre os trabalhadores. Ou seja, em que pese a empresa não conseguir o máximo da exploração do trabalho e não conseguir vultosos lucros, todos os trabalhadores receberão ganhos maiores e terão maior igualdade social, perante até o dono da empresa.

Portanto, como eu nunca fui dono do Brasil, e sou apenas mais um cidadão que faz parte da massa de trabalhadores do Brasil, em face disto sempre fui de esquerda.

Na prática, o Brasil chegou a ser a oitava economia do mundo, com a pior concentração de renda do mundo. Só isso já dá a base empírica da minha questão. O patrão cada vez mais rico não redunda que eu fique cada vez mais rico. Pelo contrário, a distância entre o ter e não ter simplesmente aprofunda e piora o fosso social e a desconsideração com o peão.

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